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29 de dezembro de 2014

Resenha: Battle Royale


Livro: Battle Royale
Autor: Koushun Takami
Editora: Globo Livros
Páginas: 664
Avaliação:


Sinopse: Em um país totalitário, o governo cria um programa anual em que uma turma do ensino fundamental é escolhida para participar de um jogo. Os estudantes são levados para uma área isolada, onde receberam um kit de sobrevivência com uma arma para se proteger e matar os concorrentes. Uma coleira rastreadora é presa no pescoço de cada um deles. O jogo só termina quando apenas um estudante estiver vivo. Ao final do programa, o vencedor é anunciado nos telejornais para todo o país. As regras do jogo foram criadas de maneira que não haja uma forma de escapar. E a justificativa da matança é mostrar para a população como o ser humano pode ser cruel e como não podemos confiar em ninguém - nem mesmo no nosso melhor amigo de escola.


-Resenha-

Saudações leitores. Tudo bom com vocês? Espero que sim ^^
Se você é fã da trilogia Jogos Vorazes, provavelmente já ouviu uma menção à este livro em algum momento. Se nunca ouviu falar, está conhecendo agora kkkk. Este é aquela famosa distopia a qual algumas pessoas dizem que a tia Suzanne Collins plagiou. Mas esta polêmica é assunto pra outro momento... então fique ligado aqui no oficina do leitor caso queira saber mais. Vamos à resenha.


O livro se passa na década de 90, na República da Grande Ásia Oriental, onde foi instaurado um regime fascista bem sucedido, ou seja, opressão, opressão e mais opressão. Para se ter uma ideia, os habitantes deste lugar não podem demonstrar qualquer ação que possa ser entendida como sendo contrária aos princípios da republica, senão são impiedosamente assassinados. O rock é proibido, uma vez que o governo afirma que ele incita a revolução. Importações são estritamente supervisionadas e o governo tem alguns países como inimigos, como os Estados Unidos, por exemplo.

Bom, se você já está achando esse país muito muito louco, calma aí que ainda tem mais. O governo criou uma espécie de jogo, no qual, todos os anos, uma turma de 9º ano era selecionada aleatoriamente para participar. Este “jogo” consiste em levar os estudantes para uma ilha, dar-lhes um kit de sobrevivência contendo, entre outras coisas, uma arma, que poderia variar desde um garfo até uma super metralhadora; e simplesmente mandar estes estudantes se matarem até que reste apenas um.

“Nossa, que horror! Qual o sentido deste jogo?” Obviamente uma atrocidade dessas não é justificável, mas o governo afirma que o jogo serve para mostrar as pessoas que não podem confiar uma nas outras, nem mesmo em seu melhor amigo da escola, e deste modo evitar uma possível revolução.
Agora chega de falar da república, acho que já deu para você se familiarizar com o ambiente. Vamos à narrativa....

A história é narrada em 3ª pessoa sob o ponto de vista de vários estudantes que estão participando do “jogo” (42 estudantes no total). Nosso protagonista é Shuya Nanahara, ele e sua turma estavam fazendo uma excursão, quando de repente foram levados à tal ilha sem entender nada. Chegando lá, um “instrutor” lhes colocou a par da situação, ou seja, falou que eles iriam ter que se matar e tal. Obviamente algumas pessoas resistiram, e acabaram morrendo antes mesmo do jogo começar. Mas, enquanto alguns se recusavam a matar seus colegas, outros estavam totalmente dispostos a tal. Então o jogo aconteceria de qualquer maneira.

Mas o jogo não era assim tão simples. Os estudantes teriam que seguir as regras, ou a coleira que lhes foi colocada no pescoço explodiria. Algumas das regras eram: caso se exceda o prazo de 48 horas sem um ganhador, todo mundo morre; caso alguém entre em um quadrante proibido, a pessoa explode. Ou seja, mesmo se a pessoa não morrer na mão de um colega, ela morrerá de qualquer jeito (a não ser que ela consiga ser a vencedora, obviamente).
A escrita do autor é incrível. Apesar do grande numero de personagens, o autor consegue nos colocar a par da personalidade de cada um. Obviamente por se tratar de um livro japonês, os personagens têm nomes japoneses também, o que dificultou muito na hora de lembrar os nomes deles (mas não faz mal, uma vez que a maioria ia acabar morrendo mesmo).

 Mas também houve personagens impossíveis de esquecer, alguns por eu ter me identificado e outros devido ao imenso ódio que sentia por eles. Este certamente foi o livro que mais mexeu emocionalmente comigo, emoções como ódio, tristeza, indignação, alegria, expectativa, medo.... enfim, várias emoções. Se o objetivo do autor era levar o leitor a passar por diversas emoções, ele certamente atingiu seu objetivo perfeitamente.

Apesar do livro ser grande, ele é super fácil de ler. As cenas de ação são muito bem desenvolvidas e detalhadas. A expectativa por saber qual será o desfecho deste jogo cruel acaba por prender o leitor, possibilitando que esta seja uma leitura rápida. Enfim, trata-se de uma obra incrível, fantástica, fenomenal. Recomendo muito!! Mas não vou recomendar para qualquer um, antes de ler você precisa estar ciente de que o livro retrata atrocidades de maneira bem detalhistas. Então se você não gosta de sangue, tripas, cabeças decepadas, etc, provavelmente sentirá incômodo ao ler este livro. Mas aos que se sentirem preparados, super recomendo esta leitura. Você certamente irá amar este livro.


-Quotes Favoritas-


"Alguém disse certa vez que se for possível constatar com os próprios olhos, não há razão para dar ouvido ao que os outros falam" (pág 32)

"E não se tratava simplesmente de serem mortos: os estudantes deviam se matar uns aos outros até que restasse uma única cadeira. Sim, esse era o pior jogo da dança das cadeiras de toda a história." (pág 46)

"Vivemos em um regime fascista bem sucedido. Em que outra parte do mundo há algo tão malévolo?" (pág 214)

"Nesse momento, ela já estava morta. Na verdade, ela já tinha morrido fazia muito tempo. Fisicamente foi alguns segundos antes, mas psicologicamente terminara havida muitos anos." (pág 581)


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14 comentários:

  1. Oi, tudo bem?
    Eu já ouvi sim falar desse livro, e por causa de Jogos Vorazes, é claro. O clima do livro parece bem tenso, mas eu me interessei. Só me pergunto como o autor conseguiu se prolongar por tantas páginas...

    Leitores Forever

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    1. Oii Cris =D
      No começo eu fiquei imaginando: Pra que tanta pagina pra narrar 2 dias de jogo?
      Mas enquanto fui lendo percebi, que apesar da narrativa ser lenta, o autor soube se aproveitar disso para desenvolver as particularidades de seus personagens (que são muitoss) e nos inserir no contexto da história.
      Ele certamente fez um excelente trabalho, eu não retiraria uma página sequer do livro kkkkk
      Um abraço

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  2. Oi Daniel, parabéns pela resenha! Nunca li Jogos Vorazes mas já assisti aos filmes e acho incríveis, apesar que nem sei porque não li ainda! Sobre Battle Royale tenho muita vontade de ler também, assim como você disse, dizem que a Suzanne Collins meio que plagiou né kkk então tenho certeza que iria gostar desse livro também!

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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    1. Oii Kétrin =D
      Bom, se a Suzane plagiou ou não eu não sei, mas que ela leu este livro ela leu kkkkkkk não adianta ela negar.
      Um abraço

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  3. Opa Daniel tudo bom?
    Cara, Battle Royale é um livro que vai ficar em standby por muito tempo, tudo por que trouxe a edição pra casa dos meus pais em Minas e não pretendo voltar com ela pro Rio, ou seja, só final do ano que vem provavelmente que pegarei para ler hahaha. Mas para não ficar aguado, estou lendo os mangás que deram origem ao livro e que são do mesmo autor e poxa vida, que história!!! Mesmo que a Suzanne Collins afirme veementemente que não foi plágio, sei lá viu, minhas dúvidas pairam sobre o ar. Outra coisa que no mangá me chamou a atenção foi o número de personagens e a quantidade de nome parecido, quando for ler o livro, terei que fazer anotações, no mangá que é o mangá já fica dificil lembrar deles, imagina na leitura hahaha. Mas 2016 será o ano que lerei com certeza :)
    Abraços!!!

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    1. Oi Tiago, td bem sim ^^
      Cara, que pena, você vai ficar mais um ano sem ler este livro foda kkkkk
      Preciso muito daqueles mangás, me apaixonei por este livro.
      Em relação à polêmica do plágio... não sei não, mas que a Suzane leu o livro ela leu, não adianta ela ficar negando.
      Realmente os nomes são bem parecidos, como Yukiko e Yumiko; Yuko e Yuka; etc, mas isso nem me atrapalhou muito, por que a maioria morreu mesmo kkkkk
      Um abraço
      Oficina do Leitor / Facebook

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  4. Olá!

    Adorei a sua resenha! Todo mundo fala no plágio que foi Jogos Vorazes, mas penso que as semelhanças são muitas, a ideia central é igual, mas há várias diferenças, sim. Quanto ao autor, PARECE MARAVILHOSO, aliás, ele conseguiu fazer o livro ficar IMENSO. Quero esse livro para ver se volto a ler tantas páginas assim. O clima parece ser bem pesado, até mais que Jogos Vorazes, e não sei se gostarei disso.

    Abraços literais,
    Luiz Henrique (Luke)
    instanteliteral.com

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    1. Oi Luke ^^
      Plágio é uma palavra muito forte =O Eu diria inspiração. E com certeza a Suzane se inspirou neste livro, por mais que ele negue que já o tenha lido.
      Sim, o autor conseguiu fazer um livro de 600 páginas para narrar 2 dias de jogos =O esse cara é foda. Eu não tiraria uma página sequer do livro, é muito muito bom.
      Se for comparar, jogos vorazes é jogo de criança perto de battle royale kkkkkkk por que neste livro o bicho pega mesmo, o autor não nos poupa dos detalhes sangrentos.
      Um abraço

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  5. n me diga que ele tem paginas brancas? </3 ahhh cara, eu sou apaixonada por paginas amareladas! aushaus mas n jugarei o livro pela página. aushausha n conhecia, achei interessante sua resenha.

    http://blogquerida.blogspot.com.br/

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    1. Pagina Branca? Oi? kkkkkkkkk Odeio livros com página branca, com certeza eu não leria este livro de mais de 600 paginas se fosse pagina branca ^^ Fica tranquila, as páginas são amareladas, super tranquilo de ler.
      Recomendo muito ^^
      Um abraço

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  6. Oi Daniel! Não li esse livro ainda, mas achei a história legal ;)

    Beijo
    albumdeleitura.blogspot.com.br

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  7. Oi, Daniel!
    Eu nem li, mas imagino o quão incrível a história deve ser. Sou louca por Jogos Vorazes, não poderia deixar de gostar deste. Até por se passar em ambientes totalmente diferentes, não tem como subestimar um em relação ao outro. Acabei de acrescentar Battle Royale à minha meta de leitura de 2015, obrigada por isso.
    Amei seu cantinho, voltarei aqui mais vezes. O seu jeito de resenhar nos envolve, é claro e sucinto. Adorei isso. Ainda sou nova por aqui, então não tenho tantos leitores, mas adoraria fazer parceria com você um dia.

    Com carinho,
    Celly.

    http://melivrando2.wix.com/melivrando

    (Ps: o favicon de pokébola ♥)

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  8. Quero MUITO ler esse livro, desde a primeira vez que ouvi falar dele. Só esperando pra ele entrar em promoção <3

    Beijos,
    http://totalmenteanta.blogspot.com.br/

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  9. Que legal ser um livro de autor japonês. Você conhece algum outro? Acho que nunca vi um ahshsa. Falando nisso, não conheço Jogos Vorazes (nem o filme :v). Quais as maiores diferenças entre Battle Royale e Jogos Vorazes? Vc considera Battle Royale mais adulto?

    http://rotaseis.blogspot.com.br/

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