Autora: Gleice Couto
Páginas: 284
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Conheci a autora Gleice Couto pouco antes do início da
pré-venda do livro, em seu Vlog Murmúrios Pessoais (que atualmente se chama
Ultraviolet). Fui cativado desde o primeiro momento pela pessoa espontânea,
engraçada e divertida que ela é, e desde então não perco sequer um vídeo de seu
canal. Confesso que tenho um pouco de preconceito com livros nacionais, por
isso estava apreensivo ao iniciar a leitura. Além disso, ao constatar que o
livro era escrito em terceira pessoa fiquei um pouco decepcionado, uma vez que
não sou grande fã deste tempo verbal (ressalto que isto é uma particularidade
minha, nada que relacione à escrita da autora). Mas felizmente deixei de lado
minha preocupação já nos primeiros capítulos do livro, ao perceber a habilidade
da autora em narrar e descrever os acontecimentos de tal maneira que facilita a
leitura. Um livro que, certamente, diminuiu meu preconceito em relação à
literatura nacional.
O livro é narrado em terceira pessoa(como eu disse
anteriormente) sob o ponto de vista de nossa protagonista, a Letícia, uma
adolescente que nos é apresentada como uma pessoa rebelde, que não consegue se
adaptar à sua escola e não tem amigos. Ela mora somente com a mãe, devido ao
misterioso desaparecimento de seu pai. Em certa ocasião, ela se encontra na
recepção da diretoria da escola, devido à certa coisa que ela aprontou em sala
de aula, e é surpreendida quando Daniel, um garoto quieto que sofria na mão dos
colegas, se dirige à ela alegando que tem algo importante para lhe dizer. Como
a garota é uma pessoa de temperamento difícil ela se recusa à escutá-lo. Ao
chegar em casa ela se depara com um diário um tanto peculiar acompanhado de um
bilhete anônimo que pedia para que ela se dirigisse à um bar da região para
obter respostas. Chegando ao local ela se depara com Daniel, que lhe afirma que
o diário era mágico e que seu pai estava vivo junto com Felipe, irmão
desaparecido de Daniel, em uma espécie de mundo paralelo dentro de quadros e
que só ela podia ajuda-los. Como é de se esperar, Letícia se ofende com à
menção ao pai e afirma que o garoto está louco. Porém, posteriormente, Letícia
se dá conta de que a história era verdadeira e adentra o mundo dos quadros no
intuito de resgatar seu pai. A situação por lá não está nada boa, devido ao
tirano Donato, que queria dominar Picta Mundi à qualquer custo. A partir de
então a história se desenvolve com a aventura de Letícia e Felipe na busca pelo
pai da garota e pelos instrumentos mágicos necessários para que saíssem do
mundo paralelo. E como não pode faltar, há uma dose de romance na história,
mas, felizmente, nada muito meloso.
“Acho que se as pessoas soubessem
fazer algo de útil
em suas vidas no mundo real, não
precisariam
de um mundo paralelo. A vida comum
pode ser
extraordinária”(pág 248)
Confesso que não fui cativado imediatamente pela protagonista,
devido à seus atos no começo da história , além disso, no decorrer da história,
ela se mostra uma pessoa um tanto precipitada e inconsequente. Apesar disso,
aos poucos fui me adaptando à personagem, uma vez que ela me arrancou boas
risadas e teve uma evolução perceptível no decorrer da narrativa. Achei o
conflito da vida do personagem Daniel poderia ter sido um pouco mais
desenvolvido, uma vez que sua situação de sofrimento na escola nos é
apresentada de maneira um pouco superficial.
Parabenizo à autora pela sua enorme habilidade na construção
da história e na excelente descrição de detalhes, o que permitiu-me imaginar
com mais facilidade as situações vivenciadas pelas personagens. Me apaixonei
pelo criativo mundo construído pela autora no universo dos quadros. O livro me
agregou conhecimentos sobre a história do Brasil que eu não tinha, o jeito como
as situações eram descritas não nem um pouco aquela coisa típica e chata das
aulas de história, com certeza este foi um livro que me apresentou questões
históricas de uma maneira divertida. Gostei muito do livro e recomendo-o para
todos; neste livro de estreia, Gleice Couto certamente fez um excelente
trabalho, o que aumentou ainda mais minha admiração por ela. Desejo todo o
sucesso à autora e espero ansiosamente por sua próxima obra.
E o que dizer deste autógrafo? Que coisa linda s2
Adorei a resenha! O livro parece ser muito bom, me interessou bastante.
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