Hoje venho com o primeiro post da nova coluna: "Entrevistando o autor". O autor da vez é Elias Ribeiro, parceiro aqui do blog, autor do livro Quando Nerds Encontram Orcs.
Ainda não conhece o livro? Confira a resenha >Aqui<.
Gostaria de agradecer ao autor por ter aceitado o convite e desejar-lhe muito sucesso.
Então...Vamos começar:
Elias Ribeiro
Elias Ribeiro, 29 anos, natural de Campos dos Goytacazes é graduado
em psicologia e diretor de curtas independentes. Atualmente se
dedica à diversas atividades, entre elas a escrita e a produção de
vídeos com a companhia "Os Invisíveis".
- Deixe nossos leitores te conhecerem um pouco mais. Quem é Elias Ribeiro? Quais seus hobbies, do que gosta...
Elias: Uau, é
mais fácil falar dos outros do que de si mesmo (risos). Sou um cara de gostos
simples, apaixonado por leitura, jogos eletrônicos, RPGs e quadrinhos, embora
este último eu tenha abandonado nos últimos anos (infelizmente). Não sou muito
de sair, mas quando saio, é com um grupo pequeno de amigos. Além dos hobbies
citados, costumo gravar e escrever curta metragens com a companhia “Os invisíveis”,
e outros grupos parceiros
Apesar de
ter me formado em psicologia, já estudei, e trabalhei muito, com informática,
então eu me considero um sujeito curioso por natureza. Antes de tentar
psicologia, já havia passado pelos cursos universitários de história, letras e
ciências da computação. Escolher psicologia teve muito haver com… Espere, essa
é melhor eu responder abaixo.
- Com que idade você se
apaixonou pelo mundo da leitura.
Elias: Acredito
que por volta dos 6 anos de idade, já na alfabetização. Lembro que eu já
possuía muita curiosidade com os livros, mas não entendia as letrinhas, então
acabava precisando dos meus pais para lerem para mim. O primeiro livro que
leram para mim, ainda muito novo, foi “O Pequeno Príncipe”.
Depois de
alfabetizado eu passei a ler tudo que aparecia na frente. Bastava meus pais
comprarem os livros da escolinha, que eu lia antes mesmo de começar as aulas.
Quando fiquei mais velho, passei a frequentar a biblioteca da escola e acabei
descobrindo a Agatha Christie & Cia.
- Por que motivo escolheu a
Psicologia como profissão?
Elias: Para
falar a verdade, até meados de 2008 eu não me via como psicólogo, confesso que
até possuía um certo receio deles. Foi por causa da Magali… Digo… de uma ex que
eu acabei por curiosidade procurando uma psicóloga. No fim acabei descobrindo
que era um humano normal, mas a minha terapeuta me recomendou muitos livros
sobre mitologia e psicologia. Entre os autores que ela me recomendou estavam o
Joseph Campbell e Carl G. Jung, pai da psicologia analítica. As conversas que
tivemos e as leituras que ela me recomendou, me levaram a fazer duas coisas que
mudaram o rumo de minha vida. A primeira foi cursar psicologia, a segunda foi
plantar a semente de “Quando Nerds encontram Orcs”.
- Em que momento da sua vida
você decidiu que queria escrever um livro?
Elias: É difícil
dizer. Eu sempre estava escrevendo, mas nunca havia tentado publicar nada até
2012, quando comecei a enviar os originais de “Rorschach de Sangue” (publicado
em 2013). Porém, a primeira versão desta história eu escrevi em 2009. Foi em
algum lugar entre 2009 e 2012 que houve essa decisão, mas ela foi tão
espontânea que mal percebi.
- Quais foram as suas maiores
dificuldades para a criação do Quando Nerds Encontram Orcs?
Elias: Tive dois
principais desafios para poder fechar a trama, a primeira foram as personagens,
pelos motivos que já irei citar. A segunda foi não permitir que o livro se
transformasse em entretenimento puro, ele precisava acrescentar algo na vida
dos leitores. Não sei se obtive sucesso quanto a isso, mas peguei muito do que
aprendi lendo Joseph Campbell, em relação a jornada do herói, e bastante de
Lacan e Jung. O leitor irá notar forte influência de Lacan na personagem Idos.
As
personagens do livro sofreram muitas alterações em relação aos esboços
originais. Caio, Phillip e Celina nem sequer existiam. Caio e Phillip foram
acrescentados a trama, enquanto Celina substituiu outra personagem feminina,
que não havia gostado muito. Outro fator de dificuldade, foi encaixar as
personalidades de forma que não parecessem artificiais, para isso eu utilizei
de referência pessoas reais do meu convívio. Vamos dizer que cada um dos
personagens, possui uma contraparte no mundo real.
- Qual a sua opinião sobre o
mercado da literatura nacional? É difícil ser autor no Brasil? Dá para
viver unicamente de escrever livros?
Elias: É um
mercado fechado e difícil, até para quem já tem currículo. O autor brasileiro
enfrenta todo tipo de dificuldade, antes mesmo de publicar o livro. Vai das
dificuldades em se conseguir uma boa editora, até em lidar com a resistência do
mercado à literatura brasileira, ou pelo espaço nas ilhas das livrarias.
Não dá
para viver de livros no Brasil. Se o autor quiser viver do livro, ele vai ter
que lutar para publicá-lo fora do país. Para ser autor, você vai precisar ter
uma segunda ou terceira profissão, e em alguns casos esta profissão vai
sustentar a publicação dos livros.
- Conte-nos um pouco sobre a
sua experiência com o mundo dos RPGs. Por que escolheu esta temática para
seu livro?
Elias: O RPG fez
parte de praticamente todo o meu amadurecimento. Embora hoje tenha muitas
opções eletrônicas, algumas realmente fantásticas, o RPG clássico (com papel e
dados) me ajudou a descobrir coisas que eu não sabia sobre mim. Quando criamos
um personagem de RPG, estamos idealizando nós mesmos naquela personagem, seja
nossos desejos ou aspirações (isso vale para os eletrônicos também).
Quando
surgiu a ideia de fazer o livro, eu precisava de um universo que comportasse
todo o processo de amadurecimento que sofremos, sem abandonar o elemento fantástico
(até porque viver é fantástico), o RPG encaixou como uma luva.
- Ao iniciar a leitura, me
lembrei do filme Jumanji, já que o jogo que você criou, inicialmente
remete ao jogo que é representado no filme. Você se inspirou neste filme
ou em alguma outra coisa para a criação do livro?
Elias: Para
falar a verdade eu não lembrei de Jumanji no primeiro esboço, mas o Luís (o
leitor beta do livro), se não me engano, fez o link com o filme e me avisou.
Existe alguma similaridade, mas não foi intencional, até porque existem duas
características que diferenciam um do outro. Jumanji é mais linear como um jogo
de tabuleiro, enquanto no livro os personagens podem ‘burlar’ as regras e não
necessariamente irem direto para a aventura, como num jogo de RPG. A outra
característica, é o fato dos jogadores estarem “encarnados” em suas
personagens.
As
principais influências do livro vieram dos anos 80 e 90, entre eles a série
animada “Caverna do Dragão”, que é citada dentro do livro por um dos
personagens. Já os personagens, tiveram suas personalidades e algumas
peculiaridades retiradas de amigos e conhecidos. Vamos dizer que de um modo ou
outro, houve alguém que inspirou o Phillip, a Magali, a Celina e etc.
- Você teria alguma dica para
dar para nossos amigos que, assim como eu, pretendem escrever um livro?
Elias: Escreva.
Leia bons livros e escreva. Escreva por prazer, e escreva sobre aquilo que
gosta e lhe faz feliz. Leia e escreva todos os dias, e faça disso um hábito.
Você irá notar que com o tempo, sua narrativa será mais fluida e evoluída.
É um
mercado difícil? Sim. Você não tem absolutamente nenhuma garantia de que suas
ideias irão funcionar, mas também não há absolutamente nenhuma evidencia de que
darão errado. Portanto, só existe um jeito de descobrir… Escreva.
- Pra terminar, deixe um
recadinho para nossos leitores. O que eles podem esperar da série Role
Play?
Elias: A vida é
a maior aventura que existe, tire dela todas as suas aspirações e inspirações.
Quanto a
série Role Play… Bem… Vamos dizer que o Heitor ainda vai descobrir que o pior
não passou. Haverá novos e inusitados personagens, e é claro, muita referência
a cultura geek, nerd e principalmente otaku. Estou preparando para o segundo
volume algo bem bacana envolvendo a cultura oriental. Para aqueles que não
curtem muito a terra do sol nascente, não se preocupem, ainda teremos várias
citações a séries, filmes e a cultura nerd/pop em geral.
Agradeço
do fundo do coração, a todos que puderam prestigiar e conhecer o universo do
livro “Quando Nerds Encontram Orcs”, e especialmente ao Daniel pela
oportunidade de falar um pouco do livro aqui no blog. E aqueles que ainda não
conhecem, eu os convido a fazer essa viajem literária junto comigo. Em
fevereiro sai a segunda edição.
Não
existem sonho impossível, impossível é não sonhar.
_________________________________//////////////////////////__________________________________É isso aí galera. Espero que tenham gostado de conhecer um pouco mais sobre o autor.
Ficou com vontade de conhecer o livro? Super indico.
Quer saber mais sobre ele? Acesse os links:
Book Trailer:
Parabéns pela entrevista! Sucesso para o Elias Ribeiro.
ResponderExcluirJá to seguindo o blog.
Abraços,
http://cafeliterari-o.blogspot.com.br/
Olá Allenylson
ExcluirMuito obrigado =D
Um abraço
Olá Daniel,
ResponderExcluirTenho muito orgulho dessa parceria. Gostei demais de participar da entrevista.
Grande abraço!
Fala Elias ^^
ExcluirTe agradeço muito pela oportunidade de conhecer seu livro ^^
Pode contar comigo para o que precisar.
Um abraço
Bem legal a entrevista!!! Gostei...
ResponderExcluirJá estou seguindo Beijos e muito sucesso
http://www.vamospapear.com/
Olá Camila
ExcluirFico feliz que tenha gostado ^^
Um abraço
Gente, é um livro perfeito para mim, sempre sonhei em ser um personagem de RPG <3
ResponderExcluirVou correndo atrás do livro u3u
Adorei esse escrito u3u
sessão proibida †
Oii Lunii
ExcluirSe vc curte RPG, certamente é um livro para você kkkkkk Super indico.
Um abraço
Muito boa a entrevista, ótimas perguntas adorei as respostas *---*, o livro dele ainda não li mas a premissa parece ser muito boa.
ResponderExcluirAbraços
http://litaralmentelivros.blogspot.com.br
Olá Arthur
ExcluirFico feliz que tenha gostado. Recomendo muito o livro, é uma aventura bem bacana.
Um abraço